Um pouco de mim


Um pouco 
Rio Main, Frankfurt AM Main
de mim


Porque não experimentar coisas novas? Desde muito jovem que escrevo, ou escrevinhava tudo (risos). Quando tinha os meus 4,5 anos, tinha por hábito pegar nos livros das estantes, em casa dos meus pais, e escrevia VE SUS AN, traduzindo, era o meu nome que eu queria escrever, autografar, digamos em bom português. Os meus pais é que não achavam muito piada aos livros “autografados”.
Quem sabe, se esta memória que trago da minha infância, não seria por si só, pensando até agora nisso, um presságio do que me poderia trazer o futuro?
Fui sempre caminhando pela estrada do conformismo e do “easy to get”, segui artes para não ter que estudar muito mas na realidade queria ser médica. Acabei por seguir contabilidade e finanças. Nada a ver, nem com medicina, nem com escrita e sempre com vontade de escrever um livro.
A escrita sempre me acompanhou fielmente em todos os percursos da minha vida, apesar dos caminhos paralelos que fui percorrendo.
Recordo-me, enquanto adolescente, escrevia poesia, poesia de contemplação, reflexão, enfim, sobre tudo o que me rodeava. Escusado será dizer que tenho cadernos e cadernos cheios de poesia escrita por mim, embora não saiba propriamente onde andam.
Até houve um dia que mandei para o Diário de Noticias parte do meu trabalho mas na altura era menor e o trabalho também não era extraordinário, mas era bom o suficiente para me terem chamado lá e falarem comigo incentivando-me a continuar esse caminho.
Depois da adolescência a poesia foi desaparecendo, casei, tive filhos, a vida não me permitiu ter o tempo que eu gostava para me dedicar à escrita e a poesia deixou de ter “espaço” para evoluir e deu lugar à prosa ou narrativa (flor de sal), se assim lhe quiserem chamar.
Ao longo dos anos, fui escrevendo, tendo sempre comigo blocos de todo o tipo de apontamentos: ou agenda, ou para encontros, ou para dissertações ou para histórias, sim, é verdade, tenho algumas histórias. Mais recentemente, adquiri um caderno onde venho a escrever memórias da minha vida que me vou lembrando, também sonhos e desabafos há cerca de 2 anos.
Também é verdade que, sempre gostei de escrever sobre tudo e principalmente escrever sobre o que observo, os outros, o Humano e o seu comportamento na sociedade que nos envolve.
Sempre desejei escrever um livro mas por ter dificuldade em decidir sobre o quê, o tempo foi passando e nunca escrevi livro nenhum mas fui escrevendo sempre sobre de tudo um pouco um pouco por todo o lado.
Recentemente chegada à fase do “tenho quase 40 anos e quem sou eu, o que fiz pelo meu génio? Por mim?”, decidi que é tempo de mudar de atitude, tempo de fazer o que gosto e dar largas à minha imaginação, libertar o meu génio criativo; para tal decidi que, a partir desse dia: «vou ser escritora e vou escrever um livro».
Para começar essa jornada, inauguro este blog ao qual me vou dedicar das 5 às 7 e que espero ser a porta de entrada para a minha carreira de escritora.
Boa leitura e espero que gostem!
Obrigada

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“Direções”, fotografia de Vera Ribeiro.

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