Viajar Sozinho

Viajar 

sozinho

Até há muito pouco tempo não era uma pessoa que se possa dizer de “viajada”. Já tinha ido a Paris, Madrid e pouco mais que Ayamonte (Espanha), isto em 35 anos de vida.
Bem sei, há pessoas que nunca saíram do seu local de habitação ou trabalho, mas eu pessoalmente nunca me conformei com essa situação. Sempre foi o meu sonho viajar pelo mundo de mochila às costas, com a minha máquina fotográfica e o meu diário de bordo.
Curiosamente, ontem vi um filme interessante, agora a propósito do “não me conformar” com a situação. Tratava-se de uma jovem que, não conformada com a vida de “pobre” e salvo a expressão, pois “pobre” não é a condição das pessoas que trabalham, tem uma casa, embora haja realmente situações de miséria, mas não era este o caso. Era uma jovem, que não contente em ter um trabalho, queria ter uma vida de luxo, sem ter que se preocupar com dinheiro – conheço muito boa gente nestas circunstâncias – incluso eu própria, e parte na grande aventura de ir para Londres para casar com o príncipe Harry. “Príncipe Harry casa comigo” creio ser o nome do filme. Filme francês, estilo “BURAT” que é filmado numa espécie de apanhados e informalidade cinematográfica mas que em muito retrata o que se pode chamar de “loucura” à odisseia de quem se aventura nos trilhos dos seus objetivos sem medir muito bem as consequências.
Bom, mas isto foi só um à parte para vos falar da minha experiência e das dicas que eu vos quero dar porque entendo que para se desfrutar das viagens há que ir preparado.
Como nunca fui a quase lado nenhum, quando tive a oportunidade de começar nestas “andanças” assim que sabia para onde ia viajar tentava saber de tudo um pouco. Esta minha jornada de viagens começou há cerca de dois anos e não vou propriamente onde quero, vou onde o meu marido viaja em trabalho e faço a viagem com ele, fica mais económico e sempre tenho a companhia dele no voo e às vezes ao jantar. Enquanto ele faz os seus negócios eu vou explorar as cidades.
Então a minha estratégia tem sido a seguinte:
  • Pesquisa sobre a cultura do local a visitar: Costumes, vestuário, locais visitáveis e condições de admissão:
Há cidades no mundo que tem leis muito diferentes das europeias e do que estamos habituados a fazer sem problemas na Europa.
Por exemplo, sabia que no Dubai não pode andar em qualquer carruagem de metro? Não pode fumar na rua senão em locais próprios quando estão no Ramadão? Sabia que dar a mão dada ao seu marido ou um beijo em público, mesmo que na bochecha, pode dar pena de prisão? Entre muitas outras situações que vos darei conta num artigo que vou publicar sobre o Dubai mais à frente. É importante saber o que nos espera para irmos preparados.
  • Locais que pretende visitar:
Dependendo do tempo que dispõe, deve delinear um plano de visita. Tempo que vai demorar em cada local, quais os locais que tem mais interesse em ir, como adquirir os bilhetes. Neste caso, há vários locais em que os bilhetes podem ser adquiridos online, sem necessidade de impressão e que lhe permitem entrada sem demora nos principais locais turísticos de visita. Isto poupa muito tempo, só em procurar no local onde comprar e correr o risco de não ter bilhete disponível para o dia pode estragar um dia de viagem. Um site útil, que eu uso como aplicação no telemóvel e que eu recomendo pois ajuda a criar um plano ao nosso ritmo é o visitaciti. Se pesquisar no browser do seu telemóvel encontrará. Esta aplicação permite-lhe decidir o que visitar nos dias que tem disponíveis e no período horário que pretende. pode até, personalizar o seu percurso, alterando a ordem das visitas conforme lhe seja mais conveniente.
  • Condições atmosféricas/ meteorológicas previstas para o período da sua visita:
Não só fica precavido de eventuais chuvas ou outras condições climatéricas que podem exigir a compra de acessórios ou outro tipo de vestuários como por não ter levado aquele chapéu de chuva ou calçado apropriado para piso molhado evita alguns contratempos. Por exemplo levar roupas desnecessárias que ocupam espaço na mala e que se revelam desnecessárias no seu destino. Às vezes acontece pensarmos que aqueles chinelos de praia ainda estão bons e depois verificamos que afinal estavam estragados e precisava de comprar uns novos.
Numa véspera de viagem este tipo de situações são sempre a evitar. Nos aeroportos é tudo mais caro e nem sempre se encontra aquilo que se precisa.
É importante saber que temperatura vai estar, previsão de chuva, vento, para poder decidir qual a roupa que deve levar e demais acessórios de utilidade como o chapéu de chuva, boné ou quem sabe um biquíni ou calções de banho. 🙂
Relembro que aqui também é importante ter em conta a cultura do país destino da sua visita pois em alguns países há restrições em relação a algumas peças de roupa que podem ser utilizadas. Por exemplo no Dubai, não é permitido o uso de roupas muito curtas (acima do joelho) quer para homens ou mulheres, pelo que, se vai para o Dubai, não use vestidos curtos ou de cavas.
  • Meios de transporte
Para nos podermos deslocar com menos custos numa cidade o ideal é utilizarmos os transportes públicos da cidade. Na maior parte das grandes cidades existe metro subterrâneo que o leva à maior parte dos locais turísticos. Para sítios específicos tente coordenar o comboio com o metro. Dependendo da cidade, mas na maior parte delas tem o mapa do metro. se já souber o que pretende visitar, na maior parte dos casos é relativamente fácil identificar o local da paragem de metro para o local a visitar. Também ajuda aqueles manuais à venda nas principais livrarias que custam entre 10€ a 15€ que recomendam os locais, valores e tem sempre um mapa da cidade e dos meios de transporte disponíveis. Se, neste caso já souber onde vai, também lhe poupa tempo comprar bilhete de comboio.
Espero que estas dicas tenham sido úteis e Boa Viagem!

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